segunda-feira, 3 de setembro de 2007

HISTÓRICO DA CRIAÇÃO DO PROJETO CECI

Histórico
No início do ano de 2002 o presidente a Associação Guarani Nhê ê Porã Geraldo de Oliveira Paula encaminhou o pedido da comunidade para a construção de uma casa cultural na aldeia Krukutu.
O assessor da associação Sidney Soares passou então a estudar o tema, a idéia era utilizar os recursos que viriam da campanha da fraternidade e mão de obra indígena para a construção.
Nos estudos realizados ficou claro que a casa cultural deveria ser um espaço para a sistematização da tradição guarani, um lugar onde fosse possível trabalhar o conhecimento dos pajés de uma maneira nova junto aos jovens. Utilizando meios modernos como a televisão e internet para falar da tradição.
A principio a idéia é que esse espaço fosse um anexo da casa de reza, mas o Sr. Marcos Tupã considerou melhor que a construção fosse junto à associação, assim poderíamos utilizar um espaço já construído.
Pensando nas antigas casas guarani, chegamos a conclusão de que a casa cultural deveria ser inteiramente redonda. O primeiro projeto foi escrito por Sidney Soares e apresentado em agosto de 2002 o desenho foi inspirado no que vimos em uma visita ao Circo Escola Grajaú onde procuramos informações sobre seu funcionamento e uso.
A viabilização do funcionamento do espaço seria com a Secretaria de Assistência Social nos mesmos moldes do que já acontecia na aldeia Tenondé Porã.
Ao mesmo tempo estávamos em tratativas com a Secretaria Municipal de Educação para construção de uma escola na aldeia, mas as negociações foram interrompidas quando o Estado decidiu construir a escola.
O senhor Olívio Jekupé apresentou o projeto da casa cultural na Secretaria de educação através da Sr.a Maria Nilda que decidiu encapá-lo, levando ele também para outras aldeias guarani da cidade.
O desenho final do CECI como o projeto foi chamado possuía a casa redonda e o anexo que seria o antigo prédio da Associação Nhe ê Porã.
A busca da secretaria de educação foi à única maneira de viabilização do projeto
já que o dinheiro da campanha da fraternidade foi para o Instituto Teko Arandu, e o dinheiro da associação não iria dar para construir a obra.
A Sra. Maria Nilda disse que a Secretaria poderia ajudar. E nesse mesmo dia, foi agendado uma visita para que ela levasse os representantes da secretaria e visse nosso projeto e quem sabe eles poderiam nos ajudar.
E não demorou muitos dias apareceram várias pessoas que faziam parte da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. Todos nós lideranças e cacique se apresentamos, em seguida eles, e a função de cada um.
E foi através desse contato com a Secretaria, que hoje temos Essas três construções, uma em cada aldeia, e que ficou conhecido como CECI - Centro de Educação e Cultura Indígena.

Um comentário:

PROFESSORA ZILDA disse...

Sou professora formadora no curso de pedagogia na disciplina Pedagogia da Educação Infantil. Estive com um grupo de alunas visitando a aldeia recentemente, mas o tempo não possibilitou que várais questões fossem apresentadas, discutidas e conhecidas e gostaria de aprender mais sobre a Educação Infantil Guarani: quem são os professores das crianças; qual a formação deles; qual a proposta de educação desenvolvida; que atividades são propostas; quais materiais são usados; o tempo e o espaço usado para atingir os objetivos propostos, enfim, como acontece a educação das crianças indígenas?
Agradeço as informações. Abraços.