quarta-feira, 18 de dezembro de 2019




Pois é, o filme , meu sangue é vermelho com a participação do cantor Criolo, foi premiado nos Estados unidos no mês de Novembro de 2019 e tambem em Roma, o filme mostra o massacre dos povos indígenas, pois o cantor kunumi mc, cantor de rap usa esse estilo de música hoje como umaz forma de defesa para nosso povo que sofre tanto, e ainda mais agora que estamos vivendeo uma das piores crises politiucas do Brasil, por isso através do rap acredito que kunumi mc e outros indígenas irão mostrar suas voezes em defesa de todos pela demarcação já


   Demarcação Já- Direitos já.

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

[#SACI100] OLÍVIO JEKUPÉ – SACI, PROTETOR DA FLORESTA

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Por Olívio Jekupé
Na cultura Guarani temos um personagem que se chama Jaxy Jaterê. Esse personagem segue a imagem indígena também, ele é o protetor da floresta e não gosta que as pessoas fiquem matando os animais por brincadeira. É um índio que tem duas pernas e usa um colar que lhe dá poder para fazer o que quer, ou ficar invisível se for o caso.
Ele também ajuda as pessoas quando gritam seu nome na floresta. Muitas vezes podemos ir na floresta pedir alguma coisa, mas tem que ser a noite e ele gosta que ao ir levem um pedaço de pety (fumo de corda), e gosta muito de pitar, por isso tem sempre um (petygua) cachimbo em sua mão. Mas tem que ser pedido sério, não coisa para enriquecer. Uma vez contei essa história na cidade para as pessoas e aí uma veio me falar se poderia pedir para ganhar na Tele Sena. Que doideira, claro que não. Ele existe não é para isso. Ajuda de outras formas.
Por isso nós na tekoa (aldeia) falamos do Jaterê, não do Pererê. Na língua Guarani, inclusive, Pererê é um palavrão, quer dizer peidorreiro. Nós temos o costume de ensinar as crianças sobre esse personagem Jaty Jaterê e que faz parte da nossa tradição. O que ensinamos não é um folclore, é uma história verdadeira, um personagem que nós acreditamos muito e por isso é que temos que continuar ensinado nossas crianças, assim como acontece com os não-indígenas. Como exemplo tem os católicos, acreditam em Nossa Senhora, por isso fica chato se eu falar que isso é um folclore, porque os católicos acreditam e se algo faz parte de uma crença, então, é verdadeiro, e não folclore.
Aqui no Brasil falam do saci negrinho de uma perna. Sei que esse personagem veio com as crenças africanas e na verdade também é o protetor da floresta lá, e como veio junto nas crenças, os negros usaram o nome indígena para proteger o nome africano. Por isso pegou o nome Guarani, Jaxy Jaterê para falar desse personagem. Mas pronunciaram errado e o nome Jaxy foi pronunciado Saci. Tudo bem, erro de palavras.
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No Paraguai, por exemplo, todos falam Guarani. Tanto os índios quanto os não índios. E se você chegar lá, falar do nome Jaxy Jaterê, todos irão falar sobre ele. É que esse conhecimento indígena é comum por lá. Se for falar do negrinho de uma perna, conhecido como Saci, eles não irão falar porque não é comum. Mas é comum aqui no Brasil.
Como eu sou escritor, gosto muito de escrever sobre esse personagem da cultura Guarani, o Jaxy Jaterê, e tenho um livro chamado Ajuda do Saci. É um livro que escrevi para mostrar um pouco desse personagem tão importante na nossa crença.
Quem ler poderá ver um Saci indígena. Também tenho um livro que se chama O Presente de Jaxy Jaterê, em que conto a história de uma índia que quer pedir ajuda ao Jaxy Jaterê, fica com medo, mas resolve numa noite ir lá, leva fumo e fica na esperança de que ele ajude.
Tenho outro livro também com outro título. Tupã Mirim – O pequeno guerreiro vai contar a história de um kurumim que nasce com um braço apenas.
Ele cresce com vergonha de não ter um dos braços, mas resolve pedir ajuda ao Jaxy Jaterê. Nisso o garoto será ajudado por ele onde irá dar um braço invisível e que terá uma nova vida, mas sem poder contar aos outros. E os outros da aldeia ficam assustados por como ele pode fazer tudo aquilo.
Pretendo escrever, mais outros trabalhos sobre, porque temos que continuar acreditando nele e nossas crianças também. Como hoje temos escolas nas aldeias do Brasil é bom porque podemos continuar contando e ao mesmo tempo registrando essas histórias sobre ele, inclusive os jurua kuery (não-índios).
Na verdade cada povo tem uma crença num protetor da floresta. Nós Guarani acreditamos nesse personagem que tem o nome de Jaxy Jaterê, e outras etnias indígenas tem a mesma crença num protetor da floresta, mas na língua deles, com outro nome. Já no mundo africano acredito que seja assim também, por isso o negrinho de uma perna como é ensinado, é o protetor da floresta também.
Na Ásia acredito que tem povos também que acreditam num protetor da floresta, mas na língua deles como nomes diferentes e a visão de como é do jeito deles. Por isso se temos uma imagem, a nossa crença fica do jeito que acreditamos desde os ensinamentos dos antigos.
Por isso é importante que as pessoas aprendam essas duas histórias. Que saibam sobre o Saci negrinho de uma perna, contada até os dias de hoje, mas que conheçam o nosso também. Os dois são importantes e isso faz com que nós indígenas e os negros sejam valorizado através das histórias que são contadas.

REPO
Olivio Jekupé é escritor, poeta epalestrante, morador da aldeia Krukutu, uma comunidade Guarani em São P


Demarcação já.

Pois é, em 2014 aconteceu a copa do Mundo mas um garoto de 13 anos dá um show com sua coragem, pedindo demarcação já. Sem dizer nada o mundo viu  Jeguaka Mirim que tinha saído da aldeia krukutu pra soltar a pomba na abertura, mas com a esperteza de outras lideranças que o preparou ele pra fazer esse ato, e que ele aceitou e conseguiu agir.
Sei que não é fácil a demarcação, pois muitos ruralistas só pensam no lucro e não quer saber dos direitos indígenas, mas não é por isso que nosso s povos no Brasil vão parar, pois desde o golpe de 1500 quando chega Pedro Alves Cabral nós sofremos mas a luta continua. Ainda mais agora que vivemos um nova era de desentendimento entre o povo no Brasil, uma era do ódio onde todos querem ingulir o outro, com racismo na cara dura.
Mas nós indígenas temos que continuar na luta e sempre falar da demarcação, pois temos que ter esse direito garantido para que não sejamos roubados ainda mais.
E hoje o garot da copa que tinha 13 anos, agora já é um garoto, mas continua na luta pela demarcação, mas cantando rap, Kunumi mc, usa a musica pra mostrar ao mundo sobre os direitos indígenas.


terça-feira, 19 de novembro de 2019




Rap como luta pela demarcação
KUNUMI MC


Pois é, surgiu o Brô mc, um grupo de Dourados em mato grosso do sul, e que através dele surgiu outros cantores, e inclusive meu filho, que canta solo, é o Kunumi mc.
Eu lembro quando fui no SESC interlagos em São Paulo pra assistir um shou do Brô e nesse dia eu levei meu filho o Jeguaka Mirim, ele tinha uns 10 anos de idade e hoje o kunumi já é maior.
Mas quero dizer que graças ao surgimento do Brô surgiu os outros e que são todos bons cantores e que usa a mesma defesa, lutar pelos direitos e demarcação através do rap.

quinta-feira, 12 de setembro de 2019




Na Unicamp, eu e meu filho Jeguaka Mirim, conhecido como kunumi mc, nessa grande universidade podemos falar um pouco sobre a importância da literatura nativa, pois quanto mais falarmos aos lestudantes, aí irão entender o quanto o surgimento dos escritores indígenas têm seu grande valor.
Por isso viva a literatura nativa e os escritores indígenas que andam escrevendo sobre cultura e tantos outros assuntos para o bem do povo indígena, pois é preciso que os professores conheçam bem um povo, uma cultura para que ele seja o alicerce do fortalecimento de um povo. pois quem não conhece pode criar um forte preconceito e por isso é que os brasileiros, muitos deles são ....

Olivio Jekupe
Jeguaka Mirim- kunumi mc


terça-feira, 3 de setembro de 2019




No Rio de Janeiro, onde meu filho o Jeguaka Mirim mais conhecido como kunumi mc foi convidado para participar do programa criança esperança de 2016 e ele fez parte do conhecido lázaro Ramos, que caro humilde, vi que sua humildade é reals, por isso fiquei feliz em conhecer esse grande ator.

Gostaria de falar desses dois livros escrito pelos meus dois filhos, Tupã Mirin e jeguaka Mirim,
Começaram escrever cedo, Tupã aos 10 anos e Jeguaka aos 9, e hoje posso dizer que me sinto feliz de ver os dois escrevendo uma literatura nativa, e que com isso irá mostrar um conhecimento que muitos nas cidades não sabem e ao mesmo tempo poderá insentivar outros garotos indígenas a escreverem tambem, pois nós indígenas podemos morar nas aldeias mas podemos escrever também, pois somos um povo capaz e não burro como sempre mostraram nas histórias, e por isso nos chamam de primitivo.