segunda-feira, 2 de agosto de 2021

 Escritores indígenas- 2003


 Muitos podem não lembrar mas eu me lembro muito bem, foi em 2003 que aconteceu o primeiro encontro dos escritores indígenas do Brasil, no Rio de janeiro, posso dizer que foi maravilhoso, pois podemos conhecer muitos participantes que queriam ouvir as palavras de cada escritor de várias etnias e que puderam mostrar seus livros publicado.

E posso dizer que depois desse encontro as coisas começaram a mudar e começou a surgir outros escritores que  escritores que eram convidados.

E nessa foto voces podem ver que cada escritor estava muito feliz porque foi uma alegria muito forte pra cada um, inclusive eu.

Por isso resolvi escrever essas simples palavras pra mostrar aos que não sabem disso, que nesse ano de 2003 estivemos no Rio de Janeiro, e com a apoio da FNLIJ.

O passado é algo que nunca volta, mas podemos lembrar dele e mostrar que valeu a pena essa iniciativa de todos em que através desse encontro aconteceram outros pra mostrar a importância dos livros de autores indígenas e mostrar como é importante chegar nas escolas também.

E sempre falo que nossos trabalhos tem que chegar nas mãos dos professores porque eles serão sempre nossa voz, é através deles que as crianças conhecerão nossas histórias e nos valorizar com outro olhar e não como aquele que é sempre preconceituoso e que faz a criança ter medo da gente.

VIVA A LITERATURA NATIVA


Olivio Jekupe



sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Literatura nativa em familia

Literatura nativa em familia


Esse livro eu publiquei agora esse ano, e foi um livro em que resovi organizar minha familia, pois meus 3 filhos descobriram seu talento de escritores sedo. E tem a minha esposa Maria Kerexu que não sabe ler nem escrever mas sempre foi uma contadora de história oral, e por isso eu escrevo pra ela sempre que resolve contar uma história.

Bom,  quero dizer que meus tres filhos se chamam: Tupã Mirin, Jekupe Mirim e o Jeguaka Mirim, que aliás é conhecido mundialmente como Kunumi mc, o garoto que ficou conhecido na copa do mundo fazendo um ato pedindo demarcação já.

Sei que talvez esse seja o primeiro livro publicado por uma familia indígena do Brasil, e espero que vocs possam procurar esse livro e que sinta feliz ao ler cada hisória contada por cada autor,e podem procurar direto pela editora Cintra e digital podem procurar no amazon.

E acredito que a literatura nativa é muito imortante ser conhecida, pois é através dela que as pessoas irão nos entender melhor como nós nas aldeias vivemos, como pensamos , porque não é só escrever sobre o indio que as pessoas irão entender, pois muitos livros já se escreveram há séculos, mas trouxeram mais preconceito contra nossos povos, por isso vamos conhecer a literatura nativa pra que as coisas possam ser mais compriendido.

Olivio Jekue- aldeia krukutu- São Paulo

 


 

terça-feira, 17 de março de 2020

escritor, palestrante e cantor de rap







Aos 9 anos dando palestra

Pois é, aos 10 anos o meu filho Jeguaka Mirim já dava palestra junto comigo, essa foi na ong beija flor em Diadema, foi maravilhoso ele falando sobre za cultura guarani e já comentando que tinha assinado um contrato com a Editora FTD e que em breve teria um livro publicado, e hoje o livro já está a venda,- Contos dos curumins guaranis.
por isso é que é importante os filhos acampanharem a gente e como sempre dei palestra e ele junto comigo foi seguindo o mesmo caminho, palestrante, escritor e hoje cantor e campositor.
Aliás nas plataformas podem ouvir as músicas dele- kumi mc

Olivio Jekupe

quinta-feira, 12 de março de 2020

Kunumi mc, aos 10 anos



Pois é, aos 10 anos o meu filho Jeguaka Mirim já dava palestra junto comigo, essa foi na ong beija flor em Diadema, foi maravilhoso ele falando sobre za cultura guarani e já comentando que tinha assinado um contrato com a Editora FTD e que em breve teria um livro publicado, e hoje o livro já está a venda,- Contos dos curumins guaranis.
por isso é que é importante os filhos acampanharem a gente e como sempre dei palestra e ele junto comigo foi seguindo o mesmo caminho, palestrante, escritor e hoje cantor e campositor.
Aliás nas plataformas podem ouvir as músicas dele- kumi mc

Olivio Jekupe

terça-feira, 3 de março de 2020



As queixadas e outros contos guaranis, um livro de 5 autores guarani, onde eu fui o arganizador, e também  o livro dos meus filhos- Contos dos curumins guaranis, os dois livros da Editora FTD.


No encontro criança esperança meu filho Jeguaka Mirim o conhecido como kunumi mc foi convidado pra participar e ao lado do grupo estava essa grande atriz, bom, quem conhece sabe quem é?????????



Em 2010 tivemos o prazer de mostrar o nosso coral da aldeia krukutu no programa da Katia na tv gazeta, foi um ótimo evento pra mostrar um pouco da nossa música cantada na aldeia.
As crianças agora já são todos os adultos, pois agora já se faz 10 anos desse encontro.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Livro na tv

Livro na TV


Eu estava assistindo a novela- malhação da globo que passa sempre a tarde e por conhecidencia ao ver o ator conversando e ele segurara um livro, e que é bom, pois é uma forma de mostrar a literatura e as crianças seguirem no mundo da literatura, mas de repente eu vejo a capa do livro e fiquei emocionado porque o nome do livro é- Kunumi guarani, editora panda books, e por minha alegri é o livro do meu filho- Werá Jeguaka Mirim

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

O presente de Jaxy Jaterê



Esse é um dos meus livros que falo sobre o Jaxy Jaterê, sei que esse livro é muito bom, e por isso recomendo aos professores, pois através dele poderá entender melhor sobre a questão do Saci, uma história que é indígena, mas nem todos sabem dessa versão, e o livro é bilingue, guarani e português.
E quem quiser comprar o livro pode entrar direto no whatsap da editora panda books, 11- 963985172.

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

A invasão

                                                             A invasão

pois é meus amigos-as, agora no ano de 2020 em Abril irei lançar meu novo livro, a invasão, um livro que esperei por muitos anos a publicar, pois aqui no Brasil é muito difícil uma editora publicar livros crítico e por isso eu tive a paciência de aguardar por mais de 15 anos com esses textos onde guardei e até que nesse ano uma Editora corajosa me procurou e disse que queria pulicar um livro comigo, e falei que tinha textos críticos também, e aí me disse que quer um livro crítico. Ao ouvir aquilo fiquei feliz. É um livro que tenho certeza que será muito importante chegar nas mãos de professores e que poderá ter uma visão mais crítica, pois o Brasil foi invadido e até os dias de hoje nosso povo sofre, por isso estou feliz.  E espero que voce ao ler esse livro goste também, obrigado a todos.


sexta-feira, 10 de janeiro de 2020




                                                          O grande lider

Ângelo Kretã, um dos grandes lideres que tivemos mas que foi assassinado assim como muitos indígenas desde 1500, foi morto numa emboscada no ano de 1980, dia 29 de Janeiro, ele se foi mas deixou a saudade de suas lutas, sua garra em defesa dos parentes, esse Kaingang que morreu brutalmente nunca será esquecido, porque temos que lembrar sempre dele, e sua morte aconteceu mas a luta continua, como ele disse antes"podem matar Ângelo Kretã, mas sempre terá outros lideres", e assim é a vida e até os dias de hoje a luta continua e lideres indígenas sempre estão surgindo e continuando em defesa dos parentes.
Em 2020 faz 40 anos que ele se foi, mas nós indígenas sempre falaremos desse grande líder que faz parte da história, que lutou muito, e na época da ditadura, uma época cruel.
e em homenagem.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019




Pois é, o filme , meu sangue é vermelho com a participação do cantor Criolo, foi premiado nos Estados unidos no mês de Novembro de 2019 e tambem em Roma, o filme mostra o massacre dos povos indígenas, pois o cantor kunumi mc, cantor de rap usa esse estilo de música hoje como umaz forma de defesa para nosso povo que sofre tanto, e ainda mais agora que estamos vivendeo uma das piores crises politiucas do Brasil, por isso através do rap acredito que kunumi mc e outros indígenas irão mostrar suas voezes em defesa de todos pela demarcação já


   Demarcação Já- Direitos já.

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

[#SACI100] OLÍVIO JEKUPÉ – SACI, PROTETOR DA FLORESTA

aw
Por Olívio Jekupé
Na cultura Guarani temos um personagem que se chama Jaxy Jaterê. Esse personagem segue a imagem indígena também, ele é o protetor da floresta e não gosta que as pessoas fiquem matando os animais por brincadeira. É um índio que tem duas pernas e usa um colar que lhe dá poder para fazer o que quer, ou ficar invisível se for o caso.
Ele também ajuda as pessoas quando gritam seu nome na floresta. Muitas vezes podemos ir na floresta pedir alguma coisa, mas tem que ser a noite e ele gosta que ao ir levem um pedaço de pety (fumo de corda), e gosta muito de pitar, por isso tem sempre um (petygua) cachimbo em sua mão. Mas tem que ser pedido sério, não coisa para enriquecer. Uma vez contei essa história na cidade para as pessoas e aí uma veio me falar se poderia pedir para ganhar na Tele Sena. Que doideira, claro que não. Ele existe não é para isso. Ajuda de outras formas.
Por isso nós na tekoa (aldeia) falamos do Jaterê, não do Pererê. Na língua Guarani, inclusive, Pererê é um palavrão, quer dizer peidorreiro. Nós temos o costume de ensinar as crianças sobre esse personagem Jaty Jaterê e que faz parte da nossa tradição. O que ensinamos não é um folclore, é uma história verdadeira, um personagem que nós acreditamos muito e por isso é que temos que continuar ensinado nossas crianças, assim como acontece com os não-indígenas. Como exemplo tem os católicos, acreditam em Nossa Senhora, por isso fica chato se eu falar que isso é um folclore, porque os católicos acreditam e se algo faz parte de uma crença, então, é verdadeiro, e não folclore.
Aqui no Brasil falam do saci negrinho de uma perna. Sei que esse personagem veio com as crenças africanas e na verdade também é o protetor da floresta lá, e como veio junto nas crenças, os negros usaram o nome indígena para proteger o nome africano. Por isso pegou o nome Guarani, Jaxy Jaterê para falar desse personagem. Mas pronunciaram errado e o nome Jaxy foi pronunciado Saci. Tudo bem, erro de palavras.
REPORT THIS AD

No Paraguai, por exemplo, todos falam Guarani. Tanto os índios quanto os não índios. E se você chegar lá, falar do nome Jaxy Jaterê, todos irão falar sobre ele. É que esse conhecimento indígena é comum por lá. Se for falar do negrinho de uma perna, conhecido como Saci, eles não irão falar porque não é comum. Mas é comum aqui no Brasil.
Como eu sou escritor, gosto muito de escrever sobre esse personagem da cultura Guarani, o Jaxy Jaterê, e tenho um livro chamado Ajuda do Saci. É um livro que escrevi para mostrar um pouco desse personagem tão importante na nossa crença.
Quem ler poderá ver um Saci indígena. Também tenho um livro que se chama O Presente de Jaxy Jaterê, em que conto a história de uma índia que quer pedir ajuda ao Jaxy Jaterê, fica com medo, mas resolve numa noite ir lá, leva fumo e fica na esperança de que ele ajude.
Tenho outro livro também com outro título. Tupã Mirim – O pequeno guerreiro vai contar a história de um kurumim que nasce com um braço apenas.
Ele cresce com vergonha de não ter um dos braços, mas resolve pedir ajuda ao Jaxy Jaterê. Nisso o garoto será ajudado por ele onde irá dar um braço invisível e que terá uma nova vida, mas sem poder contar aos outros. E os outros da aldeia ficam assustados por como ele pode fazer tudo aquilo.
Pretendo escrever, mais outros trabalhos sobre, porque temos que continuar acreditando nele e nossas crianças também. Como hoje temos escolas nas aldeias do Brasil é bom porque podemos continuar contando e ao mesmo tempo registrando essas histórias sobre ele, inclusive os jurua kuery (não-índios).
Na verdade cada povo tem uma crença num protetor da floresta. Nós Guarani acreditamos nesse personagem que tem o nome de Jaxy Jaterê, e outras etnias indígenas tem a mesma crença num protetor da floresta, mas na língua deles, com outro nome. Já no mundo africano acredito que seja assim também, por isso o negrinho de uma perna como é ensinado, é o protetor da floresta também.
Na Ásia acredito que tem povos também que acreditam num protetor da floresta, mas na língua deles como nomes diferentes e a visão de como é do jeito deles. Por isso se temos uma imagem, a nossa crença fica do jeito que acreditamos desde os ensinamentos dos antigos.
Por isso é importante que as pessoas aprendam essas duas histórias. Que saibam sobre o Saci negrinho de uma perna, contada até os dias de hoje, mas que conheçam o nosso também. Os dois são importantes e isso faz com que nós indígenas e os negros sejam valorizado através das histórias que são contadas.

REPO
Olivio Jekupé é escritor, poeta epalestrante, morador da aldeia Krukutu, uma comunidade Guarani em São P


Demarcação já.

Pois é, em 2014 aconteceu a copa do Mundo mas um garoto de 13 anos dá um show com sua coragem, pedindo demarcação já. Sem dizer nada o mundo viu  Jeguaka Mirim que tinha saído da aldeia krukutu pra soltar a pomba na abertura, mas com a esperteza de outras lideranças que o preparou ele pra fazer esse ato, e que ele aceitou e conseguiu agir.
Sei que não é fácil a demarcação, pois muitos ruralistas só pensam no lucro e não quer saber dos direitos indígenas, mas não é por isso que nosso s povos no Brasil vão parar, pois desde o golpe de 1500 quando chega Pedro Alves Cabral nós sofremos mas a luta continua. Ainda mais agora que vivemos um nova era de desentendimento entre o povo no Brasil, uma era do ódio onde todos querem ingulir o outro, com racismo na cara dura.
Mas nós indígenas temos que continuar na luta e sempre falar da demarcação, pois temos que ter esse direito garantido para que não sejamos roubados ainda mais.
E hoje o garot da copa que tinha 13 anos, agora já é um garoto, mas continua na luta pela demarcação, mas cantando rap, Kunumi mc, usa a musica pra mostrar ao mundo sobre os direitos indígenas.


terça-feira, 19 de novembro de 2019




Rap como luta pela demarcação
KUNUMI MC


Pois é, surgiu o Brô mc, um grupo de Dourados em mato grosso do sul, e que através dele surgiu outros cantores, e inclusive meu filho, que canta solo, é o Kunumi mc.
Eu lembro quando fui no SESC interlagos em São Paulo pra assistir um shou do Brô e nesse dia eu levei meu filho o Jeguaka Mirim, ele tinha uns 10 anos de idade e hoje o kunumi já é maior.
Mas quero dizer que graças ao surgimento do Brô surgiu os outros e que são todos bons cantores e que usa a mesma defesa, lutar pelos direitos e demarcação através do rap.

quinta-feira, 12 de setembro de 2019




Na Unicamp, eu e meu filho Jeguaka Mirim, conhecido como kunumi mc, nessa grande universidade podemos falar um pouco sobre a importância da literatura nativa, pois quanto mais falarmos aos lestudantes, aí irão entender o quanto o surgimento dos escritores indígenas têm seu grande valor.
Por isso viva a literatura nativa e os escritores indígenas que andam escrevendo sobre cultura e tantos outros assuntos para o bem do povo indígena, pois é preciso que os professores conheçam bem um povo, uma cultura para que ele seja o alicerce do fortalecimento de um povo. pois quem não conhece pode criar um forte preconceito e por isso é que os brasileiros, muitos deles são ....

Olivio Jekupe
Jeguaka Mirim- kunumi mc


terça-feira, 3 de setembro de 2019




No Rio de Janeiro, onde meu filho o Jeguaka Mirim mais conhecido como kunumi mc foi convidado para participar do programa criança esperança de 2016 e ele fez parte do conhecido lázaro Ramos, que caro humilde, vi que sua humildade é reals, por isso fiquei feliz em conhecer esse grande ator.

Gostaria de falar desses dois livros escrito pelos meus dois filhos, Tupã Mirin e jeguaka Mirim,
Começaram escrever cedo, Tupã aos 10 anos e Jeguaka aos 9, e hoje posso dizer que me sinto feliz de ver os dois escrevendo uma literatura nativa, e que com isso irá mostrar um conhecimento que muitos nas cidades não sabem e ao mesmo tempo poderá insentivar outros garotos indígenas a escreverem tambem, pois nós indígenas podemos morar nas aldeias mas podemos escrever também, pois somos um povo capaz e não burro como sempre mostraram nas histórias, e por isso nos chamam de primitivo.

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Literatura nativa em andamento.

Bom, nós autores indígenas temos que continuar escrevendo uma literatura nativa em que possamos conscientizar a sociedade e mostrar nosso valor como escritor, pois nós por morarmos e vivermos com nosso povo, temos  que ter orgulho de escrever, porque a sociedade nos discrimina muito e através da literatura nativa podemos mostrar que também somos um povo capacitado, que podemos ser escritor, sem deixar de ser indígena, e que podemos crer na nossa cultura, pois não é por ser um escritor de renome que deixaremos de ser o que é e desvaloriza nossa gente, aliás, aí é que temos que valorizar ainda mais. Temos que crer na nossas crenças, e nunca deixar de crer só por ser conhecido no mundo dos não indígenas, sendo assim mostraremos ao mundo que nossa cultura é forte e por isso a importancia da literatura nativa, e que ao mesmo tempo possa chegar nas escolas das aldeias.
E a lei 11.645 está aí, onde tem que falar sobre os povos indígenas, por isso a literatura nativa tem essa missão trazer conhecimento aos que irão falar sobre povos indígenas, pois na verdade antes de existir a lei, já se falava, mas falava coisas que até nos assusta, e que acredito que por falar muitas coisas preconceituosas é que o preconceitos aumentou.
Por isso é importante conhecer escritores indígenas que estão na area com trabalhos publicado.
OLIVIO JEKUPE, YAGUARE, RONI, CRISTINO, TUPÃ MIRIN,
MARIA KEREXU, JEGUAKA MIRIM, KEREXU MIRIN, ELIANE POTIGUARA, AILTON KRENAK, MARCOS TERENA, JAIDER, VÃGRI, FÁTIMA KEREXU.
Esses são alguns que cito, mas tem outros que escrevem, e outros que estão tentando publicar seus trabalhos.

OLIVIO JEKUPE- ESCRITOR DE LITERATURA NATIVA E PALESTRANTE E MORADOR DA ALDEIA KRUKUTU- SÃO PAULO, MAS NATURAL DO PARANÁ.



segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

materia que fala sobre o meu filho, o pequeno escritor e cantor de rap indígena, de uma olhada e veja a materia.



https://jornalistaslivres.org/2017/02/muito-alem-da-aldeia/

terça-feira, 1 de novembro de 2016

pai e filho no mundo da literatura nativa

bom, meus amigos, eu e meu filho fomos falar um pouco sobre a literatura nativa numa escola e cmo sempre meu filho junto comigo aproveitou e mostrou seus livros, também mostrei os meus, depois comentei sobre a importância da literatura escrita por autores indígenas, em seguida meu filho o kunumi mc aproveitou e cantou também umas de suas músicas, pois ele também é cantor de rap e campositor.
bom, quem quiser palestra com nós dois é só nos comunicar. 11-998459268 whatsap.

OLIVIO JEKUPE- ESCRITOR E POETA
JEGUAKA MIRIM- ESCRITOR, TRADUTOR, CAMPOSITOR E CANTOR DE RAP E MÚSICAS GUARANI-

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

foi maravilhoso ter recebido um convite para participar de um evento na unicamp, e foi eu e meu filho Jeguaka Mirim o pequeno kunumi escritor e cantor de rap.

terça-feira, 22 de setembro de 2015



esse é um dos meus novos livros, ele conta uma bela história onde poderão conhecer o saci, que na verdade esse personagem é um índio, o protetor da floresta, que ajuda a quem pede seu apoio. mas quem ler esse meu novo livro, aos poucos irão entender que a história do saci mostrada no Brasil é bem diferente daquela mostrada pelo monteiro lobato.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

quinta-feira, 21 de maio de 2015

 
ESSE LIVRO FOI EDITADO EM 1999, POR ISSO PUBLIQUEI COM ESSE TITULO- 500 ANOS DE ANGÚSTIA, UM LIVRO DE POEISAS, MAS MUITO CRÍTICO, POR ISSO A DIFICULDADE DE PUBLICAR NUMA EDITORA E POR ISSO ESTOU REEDITANDO MAIS UMA VEZ NUMA EDITORA INDEPENDENTE, E QUEM QUISER COMPRAR O LIVRO PODERÁ ENCONTRAR AQUI NA ALDEIA MESMO, OU PELO CORREIO.
OBRIGADO.

www.oliviojekupe.blogspot.com


quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

O valor histórico da literatura nativa

Jornal GGN – O Pindorama entrevistou Olívio Jekupé, autor de literatura nativa com vasta obra, que compartilha a sua cultura ancestral à partir da própria vivência. “Comecei a escrever em 1984, eu era garoto, bem na época da ditadura, e naquela época aconteciam muitas coisas contra os povos indígenas, muitas invasões, mortes, estupros e era uma época que nada acontecia pra mudar essa situação, e eu achei que teria que escrever algumas coisas a respeito”.
Enviado por Nilva de Souza
Entrevista: Olívio Jekupé
Por Francélia Pereira
Do Pindorama
Na Grécia Antiga, Homero reuniu as histórias da cultura oral de seu povo em suas obras Ilíada e Odisseia. Essas obras foram registradas através da escrita imortalizando esse conhecimento e inaugurando uma nova fase que fortaleceu as bases para o desenvolvimento da cultura helênica.
Aqui no Brasil também temos nossos Homeros, eles são os autores da Literatura Indígena, um “novo” gênero que vem ganhando espaço em nossa sociedade, registrando através da escrita a cultura ancestral da nossa terra.
Antes da Literatura Indígena, o que havia eram pesquisadores e curiosos que tentavam registrar a cultura ancestral em obras que descaracterizavam as narrativas e, como disse Daniel Munduruku:
Os conhecimentos de nossos avós foram deixados para nossos netos de forma oral como uma teia que une o passado ao futuro. Esta fórmula pedagógica tem sustentado o céu no seu lugar e mantido os rios e as montanhas como companheiros de caminhada para nossos povos. Tais conhecimentos, em forma de narrativas – chamado mitos pelo ocidente – foram sendo apropriados por pesquisadores, missionários, aventureiros, viajantes que não levaram em consideração a autoria coletiva e divulgaram estas histórias não se preocupando com os seus verdadeiros donos. (Fonte: Povos Indígenas no Brasil)
Mas hoje podemos contar com autores que vivem a cultura ancestral desde o nascimento, o que garante autenticidade às obras. Dentre esses autores já surgem grandes nomes, como Daniel Munduruku, Kaká Werá, Eliane Potiguara e Olívio Jekupé.
Autor de obras como Xerekó Arandu: A morte de Kretã, O Saci verdadeiro, Iarandu o cão falante, Tekoa, As queixadas e outros contos guarani, entre outras, Olívio Jekupé tem registrado a cultura de seu povo e trabalhado no sentido de garantir que as novas gerações possam dispor de um material de qualidade, que tenta mostrar ao leitor uma História do Brasil sob a visão dos povos ancestrais da nossa terra.
Ficamos honrados em ter conseguido uma entrevista com Olívio Jekupé, autor que merece grande respeito e admiração, pois seu nome já entra para a nossa História como um dos pioneiros na Literatura Indígena do Brasil, que o autor prefere denominar como Literatura Nativa.
Segue a entrevista.
PINDORAMA – Você escreve desde a década de 80 e a Literatura Indígena só começou a ganhar algum destaque a partir da década de 90, o que o torna um dos escritores mais antigos nesse gênero. Fale um pouco sobre sua trajetória na Literatura. O que o levou a começar a escrever? Houve algum tipo de incentivo no início de sua carreira? Como foi seu contato com outros escritores da Literatura Indígena?
OLÍVIO JEKUPÉ – Bom, gosto de falar que nós indígenas escrevemos literatura nativa, literatura indígena é outra coisa.
Mas quero dizer que comecei a escrever em 1984, eu era garoto, bem na época da ditadura, e naquela época aconteciam muitas coisas contra os povos indígenas, muitas invasões, mortes, estupros e era uma época que nada acontecia pra mudar essa situação, e eu achei que teria que escrever algumas coisas a respeito, por isso comecei a escrever poesias defendendo nosso povo, era uma forma de eu desabafar, pensava, porque eu ficava com ódio de saber das coisas que aconteciam no Brasil, por isso vi que a vida de um escritor seria muito importante, porque a gente poderia se defender através da escrita, mas naquela época nunca tinha ouvido falar de um escritor indígena, eu lia muitos livros sobre índio, mas eram trabalhos de antropólogos e historiadores. Por isso eu lia e aprendia muito com isso, mas acreditava que nós indígenas tínhamos capacidade pra escrever também, mas foi uma luta; escrevia, mas nada de conseguir publicar um livro; só 9 anos depois eu consegui publicar meu primeiro livro, como não tinha nenhuma chance de publicar um livro então eu procurei uma editora que publicasse independente, e assim fiz. E foi através de um livro pago por mim mesmo que publiquei um trabalho, alias outros livros também foram assim, diferente de hoje onde algumas editoras me procuram e outros autores indígenas de renome internacional também são procurados.
PINDORAMA – Em suas entrevistas fica sempre evidente sua preocupação em relação à formação dos professores quanto ao conhecimento da História e da cultura indígena. Fale um pouco sobre suas obras voltadas para a Educação.
OLÍVIO JEKUPÉ –  Sempre acreditei que os professores tem que ser os primeiros a lerem nossos livros, porque sei que nosso País, a questão indígena é muito pouco conhecida e sei que se os professores não tiverem conhecimento irão inventar histórias e mais histórias, e com isso pode crescer ainda mais o preconceito que se tem no Brasil.
Por isso minhas obras todas mostram um conhecimento, e sei que poderá ajudar muito os professores, assim como os livros de outros autores. Pois o mundo indígena tem que ser conhecido mesmo, por isso, é que falo que a lei 11.645 está aí, os professores são obrigados a falarem sobre os povos indígenas, mas o que eles irão falar? E como hoje existem vários escritores indígenas, é importante que as secretarias de educação possam conhecer os escritores indígenas que tem no momento, índios que são da cidade e os índios das aldeias, e que irão mostrar conhecimento do seu povo, isso é, cada índio escritor pertence a uma nação, por isso sei que ele seguirá o seu costume.
PINDORAMA – A cultura nacional tem se enriquecido muito com a produção dos autores da Literatura Indígena que, felizmente, tem crescido a cada dia. Mas esses trabalhos ainda não alcançaram um lugar de destaque no mercado, o que, infelizmente, acontece com a maioria das obras de qualidade em nosso país. Você acredita que essa situação possa mudar? Como?
OLÍVIO JEKUPÉ –  Sim, eu sei que está crescendo, mas como eu sou um dos antigos escritores, naquela época nem existia, mas hoje tá surgindo cada vez mais um escritor indígena.
Mas sei que esse crescimento é lento mesmo, mas não devemos desanimar, porque o fruto já foi plantado e agora ele irá crescer aos poucos, mas que cresça com força, com algo que ajude mesmo, que é a conscientização.
PINDORAMA – Seus filhos, Werá Jeguaka Mirim e Tupã Mirin também estão produzindo obras literárias. Fale um pouco sobre os trabalhos deles.
OLÍVIO JEKUPÉ –  Sim, os dois estão escrevendo, sei que eles são novos, mas desde pequeno eu conto histórias pra eles, e minha mulher também sempre contou, e nisso logo que eles aprenderam a escrever, não demorou muito tempo e os dois começaram a escrever, e os dois tem um livro publicado juntos, que se chama: Contos dos curumins guaranis, editora FTD, e o Werá Jeguaka Mirim tem um livro sozinho pela editora panda books, que se chama, Kunumi Guarani. Mas acredito que esse ano eles irão publicar mais algum livro. E para os meus filhos está sendo mais fácil, como as editoras estão abrindo caminho pra esse tipo de publicação, meus filhos entram com mais facilidade, eu vejo os textos deles e mando pras editoras e se gostarem aí eles publicam, aliás, meu filho Werá Jeguaka Mirim ficou muito conhecido por fazer parte da abertura da copa e no momento ele estava com uma faixa escondida e que saiu no mundo todo, e a faixa estava escrito demarcação, foi um ato muito corajoso por parte dele que até eu fico emocionado quando vejo os vídeos na internet. Aliás, eles são os escritores indígenas mais jovens do Brasil, e quando eles assinaram o contrato pela primeira vez com a editora FTD, o Tupã tinha 11 anos e o Werá tinha 10.
PINDORAMA – O processo histórico da formação do Brasil envolve a chegada de povos estrangeiros que trouxeram suas culturas e, em contextos diversos, acabaram se apropriando do território e impondo seus estilos de vida. A cultura nativa da nossa terra acabou sendo “silenciada”, mas nunca morreu; e mesmo entre os brasileiros que não vivem em aldeias essa cultura ainda pode ser observada na forma como falamos, nas histórias contadas por nossos avós, nos nomes de ruas, rios, cidades, alimentos; na nossa música e no nosso jeito de ser. Isso acontece porque nossa Nação vem de uma matriz indígena, já que os estrangeiros que aqui chegam desde 1500 acabam gerando filhos com a população desta terra, filhos que carregam em seu sangue a ancestralidade indígena. Mas poucos conseguem ter consciência dessa ancestralidade e, infelizmente, ainda enxergam os povos que nossa sociedade chama de “indígenas” como estrangeiros no Brasil, o que gera discriminação e preconceitos. Você acredita que a Literatura Indígena pode contribuir para um maior esclarecimento da população brasileira quanto às nossas origens, e você acredita que isso possa ajudar a conscientizar a sociedade brasileira sobre a importância de preservar o conhecimento ancestral?
OLÍVIO JEKUPÉ –  Com certeza, pois essa é a missão da literatura nativa como falo, trazer conhecimento pra todos os brasileiros, e que possa valorizar ainda mais os povos indígenas, porque aqui no brasil a discriminação é muito grande e muito por falta de conhecimento, e com nossos livros chegando nas mãos dos brasileiros eu acredito que isso vai mudar aos poucos. E ao mesmo tempo, é importante que chegue nas aldeias também, porque os governos dos estados enviam livros direto pras aldeias, mas eles enviam livros que não tem nada  a ver com a cultura indígena e isso é mal, porque enquanto os brasileiros estudam a cultura indígena, os indígenas estão estudando literatura dos não indígenas, e as crianças nas aldeias precisam estudar cultura tradicional. Sei que hoje no Brasil temos muitos escritores indígenas até famosos no mundo internacional e nacional, e sei que isso faz com que a sociedade valorize ainda mais o nome indígena que é tão maltratado pela sociedade.
PINDORAMA – Hoje há uma tendência entre os novos autores de utilizar elementos da cultura indígena em seus trabalhos. Desde o lançamento de Meu destino é ser Onça, de Alberto Mussa, muitos autores procuram desenvolver uma pesquisa antes de concluir suas obras. Esse processo é muito importante para que, cada vez mais, a sociedade brasileira conheça e, assim, possa respeitar as tradições ancestrais; mas também torna mais importantes ainda as obras produzidas por autores da Literatura Indígena, como você e muitos outros escritores indígenas, já que por mais séria que possa ser uma pesquisa ela jamais substitui a experiência de viver a cultura ancestral desde a infância, como é o caso de vocês, e, dessa forma, suas obras estão se tornando referência no sentido de preservar o conhecimento e a cultura ancestral em seu estado mais autêntico, sem as distorções que ocorrem em trabalhos de admiradores da cultura que, muitas vezes, não a compreendem direito. Qual é a sua opinião sobre esses novos trabalhos?
OLÍVIO JEKUPÉ – Sim, é verdade o trabalho hoje entre muitos pesquisadores; muitos deles me procuram, assim como outros autores indígenas que são procurados, pois isso é importante porque mostra que nossa literatura nativa está sendo valorizada cada vez mais, pois um trabalho de campo tem que ser muito bem feito e eu sei que nosso conhecimento pode ser respeitado, e nós que vivemos numa aldeia sabemos de como é o dia a dia na comunidade e por isso nossa literatura tem seu valor com isso; pois escrevemos seguindo um aprendizado cotidiano, não uma ficção em cima de outra ficção, e que com isso pode ser criado coisas que não faz parte da realidade, e do contrário pode trazer preconceito.
PARA MAIS INFORMAÇÕES SOBRE AS OBRAS DE OLÍVIO JEKUPÉ:
E-mail: oliviojekupe@yahoo.com.br
Blog: www.oliviojekupe.blogspot.com

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

 
 
Werá Jeguaka Mirim, o pequeno escritor e que esse ano publicou dois livros, um - Kunumi guarani editora panda books, outro é - Contos dos curumins guaranis, editora FTD
Sei que muitos já devem ter ouvido falar desse pequeno guarani que fez parte da abertura da copa de 2014
bom, agora podem conhecer o livro dele
 
 
 
 
 






Bom, já esse livro acaba de ser publicado- 2014, é um dos meus novos livros e acredito que vai ser de grande leitura para os alunos e aos professores do Brasil.
É da editora Leya.