terça-feira, 29 de outubro de 2013

Flipinha em Julho de 2013- Olívio Jekupe Notícia Autores debatem na Flipinha a origem de suas histórias 10/07/2013 15:50:12 Ricardo Ramos Filho e Olivio Jekupé compartilharam com público o modo como trabalham narrativas Neto de Graciliano Ramos, escritor homenageado na 11ª Flip, Ricardo Ramos Filho contou para o público da Flipinha na sexta-feira (5) de onde surgem suas histórias para livros e contos. O encontro também teve presença do autor indígena Olivio Jekupé e foi mediado por Bernadete Passos, da Associação Casa Azul. Ramos disse que as histórias podem surgir de lugares variados, como por exemplo um menino triste porque seu cachorro morreu. “A literatura nasce da atenção do escritor com o mundo à sua volta”, disse. “A ideia começa a atormentar a cabeça dele, então é hora de pôr para fora no papel.” Jekupé, por outro lado, aposta na tradição oral de seu povo para contar histórias. “Sempre houve escritores indígenas, mas não escritores de papel”, comentou o autor, que estava acompanhado de dois dos seus filhos. “O que eu fiz foi pôr no papel essa tradição antiga.” Ramos ainda lembrou a importância de ler muito para poder escrever, além de uma disciplina na profissão. “Não acredito em inspiração, acredito em trabalho. Os escritores têm primeiro o trabalho mental, na hora de inventar histórias, mas depois tem que sentar e escrever.” Para Jekupé, a imaginação precisa ser livre para surgirem boas histórias. “Quando meu filho era pequeno, contava muitas histórias para ele na hora de dormir. Mas um dia as histórias que eu sabia acabaram, então tive que inventar novas”, revelou.