sexta-feira, 28 de junho de 2013

olivio jekupe na flipinha

dia 4 de julho- flipinha nesse dia estarei dando uma palestra na flipinha em paraty, por isso me sinto orgulhoso e poder falar com os ouvintes que desejam conhecer um pouco da literatura nativa, e que tenho certeza que podemos mostrar muitas histórias lindas, por isso quem puder ir me conhecer e ver meus livros estejam lá. mas também estarei passeando pela aldeia paraty mirim, pois quem for de fora e que não conhecem a aldeia, de uma passada por lá também e poderá comprar alguns livros dos nossos parentes guarani. bom, até lá então, e sucesso pra todos os escritores que estarão lá mostrando seus belos trabalhos... olivio jekupe.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

associação dos escritores e artistas indigenas

O sucesso da literatura nativa- lento mais andando. Além da própria aldeia Escritores indígenas publicam produções bilíngues e mostram que a língua nativa também deve ser registrada Aline Salgado Desde 2003, com o Encontro Nacional de Escritores Indígenas, promovido pelo Salão do Livro Infantil e Juvenil, escritores indígenas começaram a aparecer mais, seja por meio de poesias, romances, ficções ou filosofia. E o melhor: em português e em suas línguas nativas. Restritos até o momento à literatura infantil, os livros bilíngues deverão ser encontrados nas bibliotecas das escolas do país nos próximos anos. Com a lei que incluiu o ensino da cultura e da história indígena e africana na sala de aula, os professores precisarão de recursos para trabalhar a temática. Pelo menos é o que esperam os escritores indígenas, como Olívio Jekupé. Morador da aldeia Krukutu, em São Paulo, Olívio escreve desde 1984 e já lançou nove livros, sendo dois bilíngues: Ajuda do Saci (Ed. DCL) e A mulher que virou Urutau (Ed. Panda books). “Alguns acham bonito publicar na língua nativa porque acreditam que o branco na cidade vai gostar. Mas, como tudo depende de preço, a produção bilíngue acaba ficando restrita à literatura infantil”, avalia Olívio, que torce por uma mudança vinda do governo. “Quando o Estado compra os livros e manda para as aldeias, ele acaba estimulando a produção e o aparecimento de mais índios escritores. Lendo o que produzimos, os professores têm uma base maior de conhecimento para transmitir aos alunos, contribuindo para acabar com o preconceito contra o nosso povo, ainda visto como atrasado e preguiçoso”, destaca Olívio. Principal nome do movimento de autores indígenas, Daniel Munduruku acredita que será preciso, no entanto, pelo menos uma década para que a lei de 2008 comece a surtir o efeito esperado: o fim do estigma contra os índios. “Só com a formação de educadores com uma visão diferenciada sobre os índios é que teremos uma mudança na sociedade. Como a lei é federal, é preciso que o governo federal exija a atualização desses professores também, algo que nós não temos encontrado nas secretarias de Educação”, critica Munduruku. Leia também Entrevista com Daniel Munduruku Dossiê 'Somos índios' Segundo o Censo 2010 do IBGE, 896 mil índios, de 305 etnias, vivem no Brasil preservando 180 línguas nativas. Desse total, apenas 35 são escritores, de acordo com dados do Núcleo de Escritores e Artistas Indígenas, vinculado ao Instituto Indígena Brasileiro para Propriedade Intelectual. Segundo a instituição, estima-se que a produção literária chegue a pouco mais de 200 publicações, incluindo produções impressas por universidades e nas aldeias. Da etnia potiguar, a escritora e professora da UPE, Graça Graúna, defende a criação de uma política editorial de Estado para estimular a produção literária indígena. “Vivemos um boom da literatura indígena hoje, mas poderia ser melhor”, argumenta ela. “Infelizmente há ainda muito preconceito literário no mercado. Se as editoras se abrissem mais para as produções bilíngues, acabaríamos com o estigma, porque cada palavra que escrevemos tem alma”.