terça-feira, 29 de novembro de 2011

FLIMT-2011- Estive lá.

Notícias / Educação

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26/11/2011 - 14:09
Índio escritor aproveita feira e pede que literatura indígena seja adotada
Da Redação - Lucas Bólico
Foto: Lucas Bólico - ODO índio Guarani Olívio Jekupe tem 12 livros publicados O índio Guarani Olívio Jekupe tem 12 livros publicados

O índio escritor Olivio Jekupe, do povo Guarani, que vive no Estado de São Paulo e veio para Mato Grosso participar da segunda Edição da Feira do Livro Indígena de Mato Grosso (Flimt) fez um apelo para que as secretarias de Educação de Estado adotem literatura indígena na educação infantil.

Segundo a argumentação do escritor, as escolas ensinam sobre os índios apenas pela perspectiva do homem branco, o que acaba sendo um erro. “Sem querer ofender os brancos, mas eles vão lá, escutam, olham e acabam fazendo ficção com os índios”, disse.

Para Jekupe, seria enriquecedor para os estudantes conhecer a história do Brasil por dois vieses. Ele ainda explica que existe literatura suficiente para abastecer essa demanda na educação. Só ele, já publicou 12 trabalhos.

A feira está acontecendo no Palácio da Instrução, em Cuiabá. O evento começou nesta quarta-feira (23) e se encerra neste sábado (26).
www.oliviojekupe.blogspot.com
oliviojekupe@yahoo.com.br
escritor de literatura nativa.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

visão indigena

26/06/2007 - 18:03
Indígenas contestam padrões e reclamam protagonismo midiático
Comunidade Guarani Mbyá que vive na Zona Sul de São Paulo encara o desafio de assumir o papel de sujeito no campo da comunicação: por meio de diversas mídias, povos difundem as suas culturas e fortalecem as suas lutas

Por Tatiane Klein, especial para a Repórter Brasil*

Exibida de forma depreciativa por uma emissora de televisão, a seqüência de imagens de um índio embriagado nunca mais saiu da cabeça de Luiz Carlos Karaí, do povo Guarani Mbyá. Ele é uma das 220 pessoas, reunidas aproximadamente em 45 famílias, que vivem na Aldeia Krukutu, em Parelheiros, Zona Sul de São Paulo. "Muitas vezes nós não deixamos mais tirar fotos nem filmar", conta o professor que se dedica ao Centro de Educação e Cultura Indígena (Ceci) instalado no local, quando perguntado sobre a relação do seu povo com a mídia jurua (termo guarani para não-índio).
"A gente tem que ser esperto mesmo. Eles passam o dia inteiro aqui. Nós falamos horas e horas. E eles vão e criam ficções", completa o líder comunitário e escritor da aldeia Krukutu, Olívio Jekupé. Ele e Luiz Carlos mantêm a tradição da cultura oral divulgando histórias indígenas entre outros núcleos de parentes Guarani - no oguatá (caminhada) em busca da yvy marã ey (terra sem mal) - e em outros espaços como faculdades e escolas. "É um jeito de levar o nome indígena lá em cima", define Olívio Jekupé. "Antes, o índio contava a história e o branco escrevia", compara a liderança.

"A mídia só se interessa com a questão indígena quando chega dia 19 de abril ou quando o índio erra", discorre José Pires, indígena que exerce as funções de tesoureiro da Associação GuaraniNhê'Porã, que se propõe a "organizar projetos para os moradores da aldeia Krukutu". A entidade mantém um site com informações sobre a cultura guarani que reserva espaço para textos produzidos pelos próprios indígenas.

Assessora de comunicação do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Priscila D. de Carvalho concorda com a prevalência de um padrão midiático que costuma pautar a questão indígena como "tema cultural" ou revestido de conotação "negativa", na linha dos "pobres índios que estão sendo massacrados". Além disso, o interesse da imprensa comercial guarda envolvimento com conflitos político-econômicos. As atenções dos meios de comunicação se voltaram para os Guarani Mbyá de Parelheiros , por exemplo, no contexto de construção do trecho sul do Rodoanel, megaobra rodoviária que interliga os principais eixos de acesso à cidade de São Paulo. Depois de intensa disputa, os indígenas conseguiram expandir as áreas que ocupam: 100 hectares para a Krukutu e outros 100 à aldeia Tenondé Porã (Barragem), terra irmã localizada nos mesmos arredores da represa Billings.

A recorrência desse padrão entre as matérias sobre índios não se justifica apenas pela corrida contra o tempo da atividade midiática. "Não se pode esperar de um jornalista outra coisa que a repetição daquilo que ouve desde criança. A idéia de evolução e de progresso. Ou seja, a meta de sair de uma origem para virar 'civilizado' é marcante no ideário de todos", explica a antropóloga Dominique Tilkin Gallois, do Núcleo de História Indígena e Indigenismo da Universidade de São Paulo (NHII/USP). No entanto, execrar o uso e a apropriação da mídia "não-índia" pelos povos indígenas seria o triunfo da negação em detrimento do diálogo. "O próprio da cultura é a transformação, não a manutenção ou a permanência", coloca Dominique.

Um dos indícios de um ato maior de violência e exclusão social consiste na ignorância a respeito da grafia antropológica do nome de uma etnia ou no desconhecimento da maneira como a própria comunidade se denomina. "É muito mais complexo que as denominações e formas de identificação, que são a parte externa, aparente desses equívocos profundos", comenta a antropóloga. Para ela, neste ponto, o importante "é não se perder em hipóteses de 'estratégias' que na verdade são construções de realizadores, ou antropólogos, ou jornalistas etc". Muitas vezes, adiciona, "o que falta verificar é se os grupos indígenas têm espaço, tempo e condições de transformar suas formas culturais segundo seus próprios interesses, padrões, ritmos e lógicas".

Internet, rádio, papel e poder
Outro aspecto que atrai o interesse de jornalistas é a presença da internet, dos celulares e dos videogames na vida dos índios, normalmente colocada como contraponto às tradições indígenas. Luiz Carlos Karaí defende o uso da internet no processo de difusão de sua cultura e de contato com outras comunidades indígenas, não apenas pelo website mantido pela Associação Guarani Nhê'Porã, mas também por mecanismos de comunicação instantânea como o MSN Messenger e o site de relacionamentos como o Orkut.

Moradores da aldeia Krukutu exibem perfis no Orkut reafirmando códigos étnico-culturais e participam de comunidades como "Educação Escolar Indígena" e "Problemas Indígenas", espaços virtuais para a ampliação da comunicação interna entre integrantes, apoiadores do movimento indígena. "Estamos no século XXI", diz Luiz Carlos, lembrando que a cultura de seu povo, assim como as outras, não está parada no tempo. Além de ensinar informática às crianças e aos jovens nas 13 estações disponíveis no Ceci, o professor pretende compartilhar as habilidades que adquiriu no curso específico sobre a manutenção de computadores.

Se a internet já faz parte da vida Guarani, outros meios de comunicação mais próximos da cultura oral indígena - e que podem favorecer o protagonismo dos povos - ainda não são muito utilizados. Apenas mais recentemente, iniciativas como o projeto Educom.rádio, desenvolvido junto ao povo Guarani-Kaiowá de Amambaí, no Mato Grosso do Sul, passaram a efetivar a capacitação técnica para a implantação de rádios comunitárias. A experiência resultou, inclusive, na produção de um programa em yopará (mistura dos idiomas Português e Guarani). Na Região Nordeste, alguns povos - como os Xukuru do Ororubá, em Pernambuco, e os Pataxó Hã-Hã-Hãe, no sul da Bahia - já contam com equipamentos próprios para a produção de material radiofônico.

As insatisfações do movimento indígena quanto à regulação da radiodifusão comunitária pela Lei 9612/98 estão condensadas no Relatório da Oficina de Áudio para os Povos Indígenas, que aconteceu de 03 a 06 de junho de 2007 na aldeia Caramuru dos Pataxó Hã-Hã-Hãe. O documento aponta a necessidade de uma legislação específica para os povos indígenas que garanta especial respeito à diversidade de suas culturas e suas estruturas internas de organização social. No tocante às críticas a limitações físicas como o raio de abrangência de apenas 1 km, por sua vez, os povos se colocam ao lado de diversos setores dos movimentos sociais na luta conjunta pelo fortalecimento das rádios comunitárias.

O meio impresso também pode dar espaço para que as comunidades indígenas atuem como sujeitos em processos de comunicação. Na própria aldeia Krukutu, livros didáticos para educação infantil em guarani que reproduzem fotografias das crianças e textos de professores do Ceci, editados em parceria com o Ministério da Educação (MEC), aguardam distribuição.

Sob orientação das lideranças comunitárias, a associação de José Pires elabora e imprime folhetos informativos que procuram valorizar o potencial turístico da região da Krukutu, a fim de dar fôlego ao tekoha (modo de vida) Guarani. O ecoturismo possibilita a aliança dos povos de outras aldeias - Tenondé Porã, Ytu e Pyau (as duas últimas, na região do Pico do Jaraguá) - desde 2001 e acaba atuando em frentes fundamentais: na luta pelas terras guaranis, dificultando a "ameaça" de posseiros que avançam na região de Parelheiros; e na garantia do sustento das famílias que, muitas vezes, dependem da venda do artesanato e da renda de programas assistenciais do governo. A atividade amplia ainda as políticas de preservação ambiental, principalmente contra a poluição da água, essencial para o tekoha Guarani. Há inclusive um programa de visitas monitoradas com palestras e apresentação do coral Kyringue Vy'Aa, Vozes das Crianças.

A chave da relação entre indígenas e mídia passa pelas próprias comunidades, na opinião de Priscila, do Cimi, organização ligada à Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que publica há décadas o jornal Porantim. O próprio Olívio Jekupé, da aldeia Krukutu, já escreveu textos para o periódico mensal, que destina 400 assinaturas a comunidades e escolas. Não faltam evidências de que os papeis de protagonistas nesse processo cabem aos próprios índios, superando a figuração na imprensa comercial e utilizando as ferramentas da comunicação conforme as suas próprias demandas. Afinal, como recorda Priscila: "Comunicação é poder, é disputa de poder".

*Estudante de Jornalismo da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Esta reportagem faz parte do Projeto Repórter do Futuro, da Oboré.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

escritores indigenas na feira do livro

Caros amigos mais um ano a secretria da cultura apoia os escritores indigenas com mais um grande evento e estarão alguns escritores indigenas, falando e mostrando seus conhecimentos.
Estarei lá também para mostrar meus trabalhos e livros novos que foi lançado.
IdentidadeFLIMT
inicia dia 23 agora.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

mais comentário.

- A mulher que virou Urutau - Olívio Jekupé e Maria Paulina Kerexu - Ilustrações Taísa Borges - Livro bilíngue português e guarani - Esta é a história de uma bela índia que se apaixona por Jaxi, o Lua. Para saber se o sentimento era verdadeiro, Jaxi resolve colocar em prova o amor da jovem. Conheça nesta linda história de amor a lenda guarani sobre o pássaro urutau. - A obra traz a lenda guarani sobre a origem do pássaro urutau, uma ave que possui uma diferente estratégia de camuflagem: ficar imóvel nos troncos das árvores, de olhos fechados, para não chamar a atenção dos predadores. Seu canto é rouco e melancólico, por isso é chamada também de “ave fantasma” ou “mãe da lua”. - Panda Books - setembro 2011 - 24 páginas - ISBN: 978-85-7888-146-7 - R$ 25,90 - Mais informações no Blog de Olívio Jekupé

terça-feira, 1 de novembro de 2011

livros em sites...

esse livro é um conto e é contado em todas as aldeias guarani, como dizem os não indios, é um mito.
é a histria...
A MULHER QUE VIROU URUTAU,EDITORA PANDA BOOKS.
CONTA A HISTÓRIA DE UMA BELA INDIA QUE SE APAIXONOU PELA LUA, E TODA NOITE ELA FICAVA REPARANDO A BELEZA DO LUA(HOMEM) QUE EM GUARANI SE CHAMA JAXY, NISSO O JAXY RESOLVEU DESSER ATÉ A TERRA E PARA ISSO ELE RESOLVEU SE TRANSFORMAR NUM VELHO, E AO CHEGAR PERTO DELA, ELA VIU QUE ELE ERA FEIO E NÃO QUIZ NADA COM ELE, E ELE FICOU TENTANDO MAS NADA DE CONQUISTAR A INDIA, MAS UMA DAS SUAS IRMÃ VENDO ISSO FICOU TRISTE, E DISSE PARA ELE QUE SE ELE QUISER, QUE CASARIA COM ELE, AÍ ELE ACEITOU, E NISSO ELE LEVOU PARA O ALTO E VIVE COM ELA ATÉ HOJE, JÁ A INDIA QUE SE RECUSOU... ELE FEZ COM QUE VIRASSE UMA AVE, TRANSFORMOU EM URUTAU, E A NOITE NA ÉPOCA DE VERÃO É COMUM OUVIRMOS O CANTO DELA, UM CANTO DE CHORO.
www.oliviojekupe.blogspot.com

Olivio Jekupe & Maria Kerexu

A mulher que virou urutau

A mulher que vurou urutau


esse livro é um conto e é contado em todas as aldeias guarani, como dizem os não indios, é um mito.
é a histria...
A MULHER QUE VIROU URUTAU,EDITORA PANDA BOOKS.
CONTA A HISTÓRIA DE UMA BELA INDIA QUE SE APAIXONOU PELA LUA, E TODA NOITE ELA FICAVA REPARANDO A BELEZA DO LUA(HOMEM) QUE EM GUARANI SE CHAMA JAXY, NISSO O JAXY RESOLVEU DESSER ATÉ A TERRA E PARA ISSO ELE RESOLVEU SE TRANSFORMAR NUM VELHO, E AO CHEGAR PERTO DELA, ELA VIU QUE ELE ERA FEIO E NÃO QUIZ NADA COM ELE, E ELE FICOU TENTANDO MAS NADA DE CONQUISTAR A INDIA, MAS UMA DAS SUAS IRMÃ VENDO ISSO FICOU TRISTE, E DISSE PARA ELE QUE SE ELE QUISER, QUE CASARIA COM ELE, AÍ ELE ACEITOU, E NISSO ELE LEVOU PARA O ALTO E VIVE COM ELA ATÉ HOJE, JÁ A INDIA QUE SE RECUSOU... ELE FEZ COM QUE VIRASSE UMA AVE, TRANSFORMOU EM URUTAU, E A NOITE NA ÉPOCA DE VERÃO É COMUM OUVIRMOS O CANTO DELA, UM CANTO DE CHORO.
www.oliviojekupe.blogspot.com

Olivio Jekupe & Maria Kerexu

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A mulher que virou urutau, Editora panda books

pois é meus amigos-as, já tenho livro novo lançando, mas esse é diferente, é escrito em parceria com minha mulher, e tenho certeza que será bem falado por voces leitores que acampanham meu trabalho há algum tempo.
e tenho certeza que voces irão gostar de ver ela falando do livro junto comigo.
.
abraço a todos.
Olivio Jekupe & Maria Kerexu.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Jeguaka Mirim, o escritor e cantor da aldeia krukutu

Qualidade de Vida leva banespianos para visitar aldeia indígena Krukutu
Seg, 05 de Setembro de 2011 11:24
A chuva, o frio e o trânsito de aproximadamente duas horas, não foram suficientes para tirar a vontade de 28 banespianos de conhecerem a aldeia indígena guarani Krukutu, que fica no distrito de Parelheiros. Durante o passeio realizado no dia 31 de agosto, os participantes do Programa Afubesp Qualidade de Vida conheceram a cultura e os costumes da aldeia, que mantém sua tradição mesmo estando na cidade de São Paulo.

Na oportunidade, os colegas puderam apreciar a loja de artesanatos confeccionados pelos próprios índios, a escola CECI (projeto da ex-prefeita Marta Suplicy) que ensina a língua guarani e o português, e a única oca tradicional utilizada para os rituais religiosos.

>>>> Veja o vídeo

Olívio Jekupé, é importante que às pessoas tenham contato com a cultura indígena. “Temos vários livros escritos em guarani e português para que conheçam nossa história e para que nossos descendentes não esqueçam nossas raízes”, afirmou.

Ele contou também que a aldeia é como se fosse uma comunidade e que cada família trabalha seu artesanato tradicional para manter sua própria economia. “Quando ganhamos uma doação tudo é divido, mas cada família tem a responsabilidade de se manter”, ressaltou.

Para a banespiana, Maria da Penha o passeio foi muito instrutivo. “Nós temos uma visão muito diferente do que é uma aldeia indígena. Gostei muito da receptividade do cacique e das crianças cantando em guarani”, afirmou.

“O respeito e o amor dos índios pela natureza deve ser o exemplo que devemos seguir”, disse a banespiana, Ivonete de Souza que pela primeira vez esteve em uma aldeia indígena.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

igrejas nas aldeias.


Igrejas e culturas indígenas

Nós indígenas temos uma cultura que deveria ser respeitada, mas infelizmente isso nem sempre acontece. Muitas igrejas vem para nossa aldeia para por na cabeça de nosso povo que algumas manifestações de nossa cultura, coisas próprias ao nosso modo de vida, são pecados, e que o certo seria acreditar em “deus” da mesma forma que as religiões dos não índios acreditam. Acho que já esta na hora dessas igrejas começarem a respeitar nossa cultura, temos um modo de vida próprio e formas próprias de religião, que servem muito bem às nossas vidas. Nos nunca andamos tentando por na cabeça de ninguém que o nosso modo de vida é o melhor, e nem ficamos pondo coisas na cabeça dos não índios para que abandonem suas culturas. Mas é impressionante ver como as outras religiões gostam de fazer isso com nós indígenas. Sinceramente as igrejas não nos ajudam em nada tentando nos fazer pensar que nossa cultura tem coisas que eles julgam ser pecado. Nós indígenas não ganhamos nada com isso, só quem ganha com isso são as igrejas que conquistam mais “fieis”.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Tekoa conhecendo uma aldeia indigena

Banhar-se na sabedoria indígena é dar corpo à alma ancestral. Nossa História não começou com a

chegada dos europeus no século XV.

Muitos povos nativos já viviam nestas plagas, então invadidas. O Brasil, diferente daquilo que se diz,

não foi descoberto, foi inventado.







Título:
TEKOA

Conhecendo uma aldeia indígena



Autor:

OLÍVIO JEKUPÉ



Ilustrações:

MAURICIO NEGRO



Páginas:

32



Preço:

R$ 29,90



Lançamento:

Dia 9 de agosto, às 15h20, no Espaço FNLIJ no Pavilhão Vera Cruz.

Av. Lucas Nogueira Garcez, 856 – Centro São Bernardo do Campo – SP






TEKOA

CONHECENDO UMA ALDEIA INDÍGENA



Dentro da Coleção Muiraquitãs, a Global Editora apresenta Tekoa – Conhecendo uma aldeia indígena, uma história criada por Olívio Jekupé, escritor descendente do povo Guarani. As ilustrações são de responsabilidade do ilustrador e designer gráfico Mauricio Negro.

Tekoa conta a história de Carlos, um menino da cidade que tinha o sonho de conhecer uma cultura diferente da sua. Conseguiu convencer os pais e, nas férias, passou um mês em uma aldeia Guarani. Nesse período, tentou esquecer as coisas da cidade para descobrir como é viver na Mata Atlântica em pleno século XXI, para depois comparar as duas realidades.

Ao ler esta obra, o pequeno leitor enriquecerá seu universo sobre questões indígenas e terá a oportunidade de conhecer um pouco sobre os costumes desses povos e o quanto eles influenciaram a nossa cultura.

Sobre o autor: Olívio Jekupé é escritor indígena do povo Guarani. Casado com Maria e pai de quatro filhos, nasceu no Paraná, mas mora atualmente na aldeia Krukutu, em São Paulo. Jekupé, em Guarani, significa “mestiço”. Olívio estudou Filosofia na Universidade de São Paulo e, embora não tenha concluído o curso, sentiu-se estimulado a escrever e fazer palestras no Brasil e no exterior. Tem diversos livros publicados por diferentes editoras brasileiras, alguns traduzidos na Itália. Atualmente, é presidente da Associação Guarani Nhe’ê Porã, cujo site é www.culturaguarani.org.br.




Sobre o ilustrador:

Mauricio Negro é ilustrador, escritor e designer. Participou de exposições e catálogos no Brasil, Argentina, Alemanha, Eslováquia, México, Itália, Coreia e Japão. Altamente recomendável pela FNLIJ. Finalista do 1º CJ Picture Book Festival (Coreia, 2009) pelas ilustrações do livro A palavra do grande chefe (Global), cujo texto divide com Daniel Munduruku. Com Vângri Kaingáng escreveu e ilustrou Jóty, o tamanduá (Global), primeiro livro da Coleção Muiraquitãs, sob sua coordenação editorial. Em 2008 recebeu o NOMA Encouragement Prize, no Japão. É membro do Conselho da Sociedade de Ilustradores do Brasil.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O saci verdadeiro

Olívio Jekupé
O saci verdadeiro

EDUEL, 2003
48 pp.



Olívio Jekupé é brasileiro e índio, fiel às suas raízes. Engajado na causa indígena, escreve como represen-tante de uma sociedade de tradição oral, sem escrita. Pertencente ao tronco Tupi-Guarani, como se sabe um dos mais impressionantes e bem documentados do Brasil, esforça-se para ser uma ponte entre o ser-índio e o ser-brasileiro. Bebe, desta maneira, nas fontes de uma narrativa que resiste à passagem de várias gerações com cultura marcada pelo misticismo, espiritualidade e desprendimento dos bens materiais. É, também, rica na habilidade com as palavras e tem um senso poético da vida, características estas que os fizeram sobreviver aos quinhentos anos de tragédia e colonialismo.

A novidade que O saci verdadeiro nos traz é a existência de um saci indígena, descoberta do autor em contatos freqüentes com os Guarani nas várias idas às aldeias do povo de sua avó, em sua busca para resgatar a ancestralidade. É assim peculiar esta característica que só vem somar àquela já tão conhecida, fazendo com que o nosso moleque lendário seja um resultado de uma mistura afro-caipira-tupi-guarani.

Este elemento tipicamente brasileiro é fonte de estudo para alguns pesquisadores como Renato da Silva Queiroz, Luiz da Câmara Cascudo e Lydia Cabrera. Do trabalho deles construímos um personagem com espírito inventivo, malandro e coxo, que pode ser invisível ou estar em toda parte; prega peças, faz rir, é simpático e, no mais das vezes, não impõe medo. Fuma um cachimbo e usa uma carapuça vermelha na cabeça. Porém, segundo Lydia, a idéia mais divulgada é que o Saci é negro e vem da África. Já Cascudo nos diz que seu gorro vermelho e sua mão furada estão ligados ao folclore europeu, o que nos traz mais um elemento de mistura para o nosso perneta.

A obra resenhada tem duas histórias com narrativas bem simples com as características da oralidade. Os diálogos são ingênuos retratando o dia-a-dia de convivência da vida dos nativos em suas respectivas aldeias. A primeira nos conta a vida de Tupã-Mirim, um indiozinho que tem só um braço e, por isso, é discriminado em sua aldeia. Mais tarde, quando cresce e por ser obediente e amigo do Saci-Pererê, recebe dele um braço, encontra uma mulher que o ama e se impõe na comunidade.


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Outros livros de
Olívio Jekupé
na Vitrine Literária
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Visitar o blog de
Olívio Jekupé

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A segunda, que leva o nome da obra, relata a vivência de um indiozinho chamado Karaí que, todos os dias, ouve contos de sua mãe. Porém a que mais gosta é a do Saci-Pererê. O interessante é que, no decorrer da narrativa, vamos constatar que o autor nos traz aí uma dicotomia: o saci negrinho pequeno que anda com um cachimbo, assustando as pessoas, com carapuça vermelha na cabeça e um outro, o “verdadeiro”... “de quem nossos antepassados sempre falaram”, que “é bom e só aparece para pessoas muito boas e que precisam de ajuda.”

Ao final, Olívio Jekupé lança a pergunta:
“— Quem estará certo? E o Saci é um índio ou um negro? ”

Deixo-a no ar. A leitura é fácil. A ilustração é quase inexistente. Rapidinho você saberá... se você o quiser.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

veja essa materia

Identidade cultural e meio ambiente
Por Olivio Jekupé


É importante saberem que no Brasil temos várias etnias, por exemplo, guarani, xavante, kaiapó, terena, bororo, kaingang, pataxó e muitas outras e cada uma com sua língua própria, religião de seu povo( religião tradicional ensinada pelos antepassados antes da invasão dos portugueses) e a maioria das aldeias com escolas dentro da própria aldeia com uma escola diferenciada, isto é, onde nossos adolescentes ou jovens aprendem além de tudo a sua própria cultura, com professor da própria comunidade e com direito garantido através das lutas pelos nossos líderes do passado.

Quero dizer que nossos parentes jovens e adolescentes têm que serem fortes na cultura porque dependemos deles para que a cultura continue firme, porque vivemos num País com uma imensa população cheia de tecnologia ao nosso redor e que não podemos deixar que sejam afetados por tudo isso, por outra cultura dominante e acredito que esses jovens de hoje precisam aprenderem que somos um povo, uma nação diferente mas não inferior e muitas vezes acontece que uns se sentem vergonha de serem índio e não quer seguir a cultura do seu povo. Por isso nós que somos pais temos que educar bem nossos filhos para que os jovens cresçam com sabedoria e valorizando o que é.

E uma das coisas que mais fortalece a preservação da cultura indígena é a língua e a religião, por isso, desde criança tem que falar a língua de cada povo e outra coisa é seguir a religião, por exemplo, o guarani tem a sua própria. Muitas vezes outras religiões entram nas aldeias e tentam pregar dizendo que nossa religião está errada, e por isso é que temos que educar nossos adolescentes ensinando nossa cultura e valorizando para que não seja massacrada pelas conversas dos não indígenas.

Por isso quero dizer que temos que ensinar nossos adolescentes a valorizarem a tudo isso que vivemos culturalmente e valorizar principalmente o nosso modo de vida, de vivermos no meio da mata, de caçar, de pescar, de fazer uma fogueira para fazer uma comida, não ter vergonha de andar descalço.

E essa forma de gostarmos de vivermos no meio da mata, acredito que é uma das grandes importância para o mundo, e temos que continuar assim, porque com isso os adolescentes continuarão preservando a mata. Já os não índios criticam dizendo que os índios não vão fazer nada com a terra e por que tanta terra? E muitos não entendem que a floresta está correndo um risco imenso de ser acabada, porque os não índios estão destruindo. E quanto a nós indígenas devemos continuar educando nossos adolescentes e jovens a continuarem assim, porque vivendo assim estamos salvando o mundo, o aquecimento global está aí na cara de todos e mesmo assim muitos não prestam atenção. Sendo assim quero dizer que aos nossos jovens adolescentes e jovens o futuro de nossas culturas e meio ambiente estão em suas mãos, sejam fortes.

Por exemplo, quem conhece o mato Grosso sabe que hoje é um Estado deserto, sem floresta, e onde existe floresta pode se dizer que são nas áreas indígenas, por isso que é importante o modo de vida indígena de viver culturalmente no meio da mata sem ter que destruí-la, do contrário Mato Grosso não teria mais nenhuma árvore. Por E seria interessante que os adolescentes não indígenas pudesse aprenderem a valorizar a mata também do mesmo modo que nossos adolescentes para o bem de nosso planeta, e que é de todos, índios e não índios.




Texto escrito por:
AUTOR DE VÁRIOS LIVROS, O ÚLTMO LIVRO
AJUDA DO SACI, EDITORA DCL


Olivio Jekupé: ESCRITOR E POETA, LIVROS- 500 anos de angustia, Iarandu o cão fanlante, Xereko arandu a morte de kretã, Verá o contador de história, Arandu ymanguare, O saci verdadeiro, Ajuda do saci, Indiografie publicado na Itália.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

revista carta capital

As histórias dos índios, por eles mesmos
Debora lerrer

19 de julho de 2011 às 19:50h


Programa nacional de bibliotecas impulsiona (ainda mais) as vendas de livros escritos por indígenas
Ameaçada por grilagem de terras, desmatamento, garimpo, obras de governos e minada pela discriminação, a cultura dos povos indígenas brasileiros resiste (agora também) em forma de literatura e conquistando espaço no mercado editorial. Há uma boa safra de escritores indígenas dedicados à literatura infanto-juvenil e publicados por diversas editoras, inclusive grandes como Martins Fontes, Paulinas e FTD. O ano de 2011 deve terminar com pelo menos 19 títulos novos no mercado, entre os quais A cura da terra, de Eliane Potiguara, pela Global Editora, e Mondagará, de Rony Wasiry Guará, pela Saraiva.

Esse interesse se deve, em parte, à Lei 11.645, aprovada em 2008, que criou a obrigatoriedade de se tratar a temática indígena e afro-brasileira no currículo escolar brasileiro. Mas também é possível que nomes como Daniel Munduruku, Graça Graúna, Yaguarê Yamã e Olívio Jekupé estejam ganhando as prateleiras das livrarias do país graças a suas vendagens, turbinadas recentemente pelas compras governamentais, via PNBE (Programa Nacional Biblioteca da Escola).

A Global, com 11 livros de autores indígenas em seu catálogo, publicou o primeiro O Povo Pataxó e Suas Histórias em 1999 e depois não parou mais. Segundo seu editor, Luis Alves Junior, esses livros já vendiam bem antes da lei, tanto que alguns deles já haviam ganhado reimpressões – o livro Você se lembra, pai? de Daniel Munduruku, publicado em 2003, é um deles.

A lei chegou anos depois da articulação de escritores indígenas em encontros nacionais, liderados pelo pioneiro Munduruku, e deflagrada há oito anos com grande apoio institucional da Fundação Nacional do Livro Infanto-Juvenil. “Nós não endossamos o trabalho destes autores porque são indígenas, mas porque estão fazendo uma literatura de qualidade para as crianças”, diz Beth Serra, presidenta da Fundação.

Doutor em Educação e autor de 43 livros, a maioria dos quais infanto-juvenis, Munduruku, de 47 anos, editou seu primeiro livro, Histórias de Índio, em 1996, pela Companhia das Letrinhas, depois de bater em várias portas. Hoje já tem 20 edições.“Lançar livro para criança da cidade com ótica indígena era difícil. Na época, era sempre antropólogo, escritor, historiador que escrevia sobre o índio, que não tinha voz nem vez no mercado editorial”.

De lá para cá, Munduruku já abocanhou vários prêmios nacionais e internacionais, como o “Jabuti” de 2004 pela obra Coisas de índio, da Callis Editora.

Natural de Belém (PA) mas vivendo em Lorena (SP) há mais de 20 anos, Munduruku é formado em Filosofia, com Licenciatura em História e Psicologia. Ele chegou à literatura infanto-juvenil através de suas experiências como professor e educador social de rua da Pastoral do Menor em São Paulo, onde acabava contando as histórias que escutava quando vivia entre seus parentes aldeados.

Para ele, a literatura funciona como “maracá”, o chocalho que é utilizado como instrumento de cura pelos pajés. Acredita-se que dentro dos maracás há uma voz sagrada que é a que os pajés utilizam para conversar com os espíritos que fazem a cura das pessoas que os procuram. A literatura deles teria este componente. “É nosso maracá para a sociedade brasileira”. Para ele, esta geração de escritores indígenas escreve como uma forma de “curar o Brasil”, ajudando a sociedade “a conhecer sua história e não perder de vista a contribuição que os indígenas oferecem”.

Outro “parente” de Munduruku neste movimento que usa a literatura como “arma de defesa do povo indígena” é Olívio Jekupé, de 45 anos,que teve que abandonar o curso de Filosofia por dificuldades econômicas. Publicando desde 2001, Jekupe é autor de um total de 11 livros, o mais recente “Tekoa – conhecendo uma aldeia indígena”, pela Editora Global. Jekupé, que vive na aldeia guarani Krucutu, em São Paulo, prefere denominar sua literatura de “nativa” e não de “indígena” para diferenciá-la da literatura que os outros escrevem tendo o índio como objeto. “Ela sai de dentro da gente, do que conhecemos, pois escrever sobre índio não é só escrever, é preciso conhecer e viver essa cultura”.

Relatos orais das velhas gerações indígenas

Para Munduruku foi um acaso eles terem caído no gosto do público infantil. Acabou dando certo. “Não é que a gente escrevesse para crianças, é pelo teor das histórias que a gente conta. A gente recebia essas histórias de forma oral. Caía na nossa memória. E o nosso pessoal foi começando a aprender a escrever”.

Muito do que esta geração de autores indígenas faz é verter para o papel as lendas e histórias dos povos indígenas, repletas de conteúdos éticos e morais, que eram transmitidas oralmente para suas crianças há séculos, com clara função educativa.

Por outro lado, a literatura infanto-juvenil também é mais acessível a eles por serem livros menores e relativamente mais fáceis de escrever. Afinal, esta turma só recentemente está sendo escolarizada com a preocupação em resguardar sua identidade étnica, ou seja, “sem desprezar sua identidade, desistir de sua história e desacreditar seus sábios”, observa Munduruku.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Oitavo encontro dos escritores indigenas

Oitavo encontro de escritores indígenas

No ano de 2011 aconteceu o encontro no Rio de Janeiro mais um encontro de escritores indígenas, onde recebi mais uma vez o convite do Coordenador que é o Cristino Wapichana. Quando recebi o Email, fiquei feliz porque mais um encontro eu participava e poderia mostrar meus livros no evento.
E quando foi dia 14 de Junho de 2011 fui para o Aeroporto pegar o avião e a alegria era imensa porque eu ia estar ao lado de outros parentes indígenas que também escrevem e muitos deles de outros Estados Brasileiros. Ao chegar no aeroporto por conhecidência dou de cara com o Rafael Crespo, um rapaz que trabalha no NEARIN( Nucleo de escritores e artistas indígenas), é que ele estava esperando outros índios que vinham de Manaus. Por sorte fomo s no mesmo táxi direto para o evento realizado pela Fundação Nacional do Livro Infanto Juvenil(FNLIJ) E nesse evento tem o Stand dos autores indígenas. E logo que cheguei coloquei meu banner onde tem o s meus livros, por onde eu vou sempre eu levo para mostrar ao povo, é uma forma de mostrar o que tenho, aliás, na aldeia Krukutu onde moro, eu tenho outro banner onde deixo lá para os turistas verem quando vão ver os artesanatos na lojinha que temos.
Mais tarde fomos para o hotel onde ficamos hospedado. Naquele dia estava já presente alguns autores, como o Manoel Moura, grande liderança tradicional e muito conhecido pelas lutas do povo indígena. Eu já conhecia há muitos anos, e por sorte ficamos hospeado no mesmo quarto, e junto ficou outro índio que eu não conhecia, que se chama Jaime do povo Dessano do Amazonas, aliás bem alegre, e contador de piada.
Já no dia seguinte fui para o stand onde acontecia o encontro da Fundação Nacional do Livro Infanto Juvenil(FNLIJ), naquele dia encontrei a grande responsável para que o encontro dos escritores indígenas acontecesse todos os anos, que é a senhora Bety Serra. Desde 2004 ela tem apoiado esse encontro e mais um estava acontecendo, era nossa madrinha que foi através desse apoio que o NEI (núcleo dos escritores foi crescendo e mais tarde mudou de nome para NEARIN. Em seguida cumprimentei a Bety, falei rápido, porque ela é uma mulher muito importante e com muitos compromissos, então logo ela foi atender outros no evento, enquanto isso fiquei conversando com o Ely do povo Macuxi que também ia lançar seu livro no dia 16, no mesmo dia do meu, ele ia lançar seu livro na parte da manhã e eu a tarde. Mas tarde apareceram alguns índios do povo Munduruku, um deles eu já conhecia que é o Jones que havia participado de outro encontro anterior.
Mas tarde reparei que havia uns cartazes divulgando que nós estaríamos na UERJ( Universidade Estadual do Rio de Janeiro. E esse seria o 4 encontro em que os escritores indígenas estariam lá falando sobre seus trabalhos, suas experiência de vida ou outras coisas mais.
-Hoje a noite nós iremos lá... falar com o alunos. Disse o Cristino.
Fiquei feliz ao ouvir aquilo, porque é uma Universidade de renome e que os alunos estão muito interessado em nos ouvir.
Quando foi lá pelas 17:00 horas veio uma kombi nos buscar. Ao chegar no auditório, já havia vários alunos sentados e nos esperando. E depois de alguns minutos logo encheu e não cabia mais ninguém, era emocionante estar ali na cidade maravilhosa, como é conhecida e estar ao lado deles.
Em seguida o grande responsável pelo encontro que é o senhor Bessa sentado ao lado da mesa começou a falar um pouco, em seguida falou outro homem. Depois disso foi a vez do Cristino falar um pouco, foi direto chamando para fazer parte da mesa alguns lideres que iam compor no discurso. Nisso ele foi chamando o Marcos Terena, em seguida a Graça Graúna, depois o Ademerio Payaya, em seguida foi a vez do Ely Macuxi, mas que preferiu dar a palavra par a um índio Dessano que era a primeira vez que participava do encontro, o senhor Jaime, depois foi a vez do Manoel Moura, mas de repente levei um susto, pois eu fui chamado para compor a mesa. Pra mim foi muito importante, porque eu tinha certeza que poderia contribuir com algumas palavras. Sei que não sou um doutor, mas sempre acreditei que Nhanderu me inspira quando falo diante do público, por isso logo que meu nome foi citado, aí falei comigo mesmo- é agora Nhanderu. Aí me levantei e fui sentar ao lado daqueles grandes lideres que são exemplos para todos, de luta e de resistência, de que através dos seus discursos, fazem com que a sociedade respeitem nosso povo e surja novas mudanças e novas políticas publicas e principalmente a demarcação. Mas como o tema era sobre a literatura que escrevemos, sei que todos iam discursar com grande sabedoria. De repente começou a falar a Graça Graúna, em seguida o Payaya, em seguida foi a minha vez. Como de costume não gosto de falar sentado, aí me levantei e comecei a me apresentar.
-Bom para quem não me conhece sou Olívio Jekupe, e para quem me conhece também sou Olívio Jekupe.
Logo que falei isso vi que todos riram.
Aí comecei meu discurso depois da brincadeira a parte, falei com coragem, tentei mostrar a importância que tem a literatura escrita pelos povos indígenas, e que gosto de falar que nós escrevemos literatura nativa. No inicio muitos não entendem isso que falo mas depois de explicar aí todos entendem minha idéia. Aproveitei a cada momento que tinha pra falar com os alunos com sabedoria, sei que quando estamos ao lado dos estudantes de Universidade, temos que falar bem, com a ajuda de Nhanderu(nosso Deus), porque muitos pensam que porque moramos na aldeia, somos incapazes, que não pensamos, que não sabemos discursar. Por isso ao terminar minha apresentação, aí só escutei os aplausos dos estudantes, e que me deixou emocionado e convencido de que tenha falado bem, porque ouvir tantos aplausos assim não seria a toa.
Em seguida foi a vez do Ailton Krenak, grande homem, de discurso que quando fala deixa o povo de queixo caído. Sei que quando eu era garoto quando morava no Paraná, em 1984 eu gostava de ouvir seu nome na televisão e outras matéria da imprensa. E desde aquela época eu acompanho seu discurso pela escrita. Mas já em 1992 eu tive a oportunidade de conhece-lo na aldeia Morro da Saudade como era chamado naquela época, aldeia guarani que fica em Parelheirso-São Paulo. Pra mim foi emocionante conhece-lo. E hoje somos grandes amigos e desde aquela época que me conheceu, ele pode ver algumas poesias minha e gostou, disse que minhas poesias eram muito boas. Isso me deixou feliz ao ouvir essas palavras de um grande líder indígena. Em seguida ele parou de falar, e agradeceu a todos. Todos aplaudiram, pois seu discurso era demais.
Aí foi a vez do Marcos Terena, o índio conhecido como Aviador, o primeiro piloto indígena do Brasil, outro que sempre admirei pela sabedoria. Pra mim era muito bom estar ao lado deles, porque todas as vezes que eu escutava suas palavras, mais eu aprendia. E a presença desses grandes líderes falando ao povo, era muito importante porque eram muito respeitados por todos, que eram admirados. E isso conta muito, são pessoas de exemplo...
Ao terminar, aí veio o mais importante, fomos para o hotel Glória na Lapa do rio de Janeiro onde estávamos hospedados. E fomos jantar num restaurante ao lado.
Já no dia 16 ia ser um dia muito importante, porque era o dia em que fomos na FNLIJ, e nesse dia os autores indigenas iam dar palestra no evento para muitas pessoas.
No dia seguinte já era dia 16 de Junho, e fomos todos para o evento em que ia acontecer o encontro e que nós íamos dar palestra. Ao chegar lá no local, pude perceber que era um local muito bonito, diferente do anterior. Lá pedi para alguém que precisaríamos de algumas mesas para expor os livros para vender e também alguns artesanatos, é que todos os anos sempre tem alguém que trás. Em seguida uns minutos depois trouxeram 4 mesas. Eu fui logo colocando meus livros e que logo quem chegava iam dando uma olhada, eu aproveitava e conversava com os leitores, alguns me conheciam pela internet e diziam que me acompanhavam pelo Facebook, e eu dizia:- Que bom, fico contente. E nisso alguns compravam o livro e pediam autógrafo. Pra mim era emocionante porque me fazia sentir uma pessoa importante. Já pensou, eu moro numa aldeia e a gente sempre sofre muito preconceito e sendo vangloriado pelos jurua kuery me deixava alegre.
Mas logo em seguida depois que atendi algumas pessoas fui na abertura do encontro. Quem iniciou foi a grande Bety Serra que comentou da importância que é apoiar esse evento e que era o oitavo ano que acontecia...
Em seguida falou o Cristino, coordenador do NEARIN, em seguida o Daniel Munduruku. Depois de algumas apresentações, aí iniciou a palestra, primeiro o Ailton Krenak, o Marcos Terena, Manoel Moura e que deram um chou como sempre. É, a presença desses grande líderes tem um valor muito importante. Em seguida foi a vez da Eliane Potiguara, a grande poetiza que tem um livro que já li e gostei muito que é- Metade cara metade mascara da Editora Global.
Em seguida foi a minha vez e através do simples discurso tentei mostrar a importância que tem o livro escrito por autores indígenas, e que sei que o livro de Literatura Nativa em que escrevemos será importante para os professores do Brasil conhecer melhor o nosso povo, pois é através do que escrevemos que a sociedade conhecerá melhor os povos indígenas. Por isso é que falo em Literatura Nativa e que poderei ser criticado por quem não entender a minha idéia. Aliás, tentei ser rápido porque já estava quase na hora do almoço e as duas horas eu ia fazer o lançamento do meu livro... Depois fomos almoçar, o local era ali mesmo numa sala especial, enquanto que o público foi no restaurante que havia no andar de baixo.
Em seguida logo que almocei. Deci e fui direto para o stand onde seria o lançamento do meu novo livro_Tekoa conhecendo uma aldeia indígena, Ed. Global. Não demorou muito e logo apareceu o grande ilustrador, Mauricio Negro, conversamos um pouco e logo iniciamos uma pequena palestra para alguns professores e as crianças que chegavam. Posso dizer que foi um lançamento muito gostoso, e naquele momento enquanto eu falava, havia outros escritores falando também, pois era um grande evento em que tinha muitos autores ao mesmo tempo lançando. Depois que terminamos o lançamento aí alguns apareceram com o livro na mão para darmos autógrafo, eu e o Mauricio. Isso me deixava feliz.
Posso dizer que foi um dia inesquecível para mim, porque eu estava lançando um livro que tenho certeza que seria um grande sucesso no Brsil, que escrevi de um jeito em que as pessoas possam conhecer uma cultura diferente e que poderá ajudar muitos professores no Brasil. E tenho certeza que com a Literatura Nativa escrita pelos povos indígenas muitos irão valorizar mais nosso povo.
Opá- Junho de 2011

OLIVIO JEKUPE- PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO GUARANI NHE´E PORÃ.
ALDEIA INDIGENA KRUKUTU- PARELHEIROS-SÃO PAULO-SP
ESCRITOR DE LITERATURA NATIVA E PALESTRANTE.
www.oliviojekupe.blogspot.com

oliviojekupe@yahoo.com.br

sexta-feira, 3 de junho de 2011

INDIO VISITA A FUNDAÇÃO CASA- RAPOSO TAVARES.

DIA 1 DE JUNHO FUI CONVIDADO A DAR UMA PALESTRA, FUI MOSTRAR MEUS LIVROS E FALAR SOBRE A LITERATURA NATIVA.
FOI DIFERENTE, É QUE NÃO É TODO DIA QUE SOMOS CHAMADO PARA IR NUM LUGAR ASSIM, É QUE FUI DAR UMA PALESTRA ONDE ESTÃO PRESO GENTE, NÃO É FACIL, MAS SAI DE LÁ SATISFEITO, PORQUE MOSTREI MEUS LIVROS E QUEM SABE POSSA TER CIDO UTIL PARA ALGUNS.
TIVE MEDO SIM, MAS NADA ACONTECEU, POR ISSO QUEM QUISER IR UM DIA DAR UMA PALESTRA LÁ, VAI SER UMA GRANDE ESPERIENCIA.
DEPOIS DO ENSERRAMENTO DEI ALGUNS LIVROS PARA ELES LEREM E DISSERAM QUE IAM LER COM CARINHO, JÁ PENSOU, TENHO CERTEZA QUE VAI SER ALGO QUE VAI FICAR NA MINHA MENTE .

sábado, 9 de abril de 2011

TEKOA: CONHECENDO UMA ALDEIA INDIGENA POIS É MEUS AMIGOS E AMIGAS, MAIS UMA OBRA PRIMA EU CONSEGUI PUBLICAR, E FOI ESCRITO COM MUITO CARINHO PARA QUE OS LEITORES INDIGENAS E NÃO INDIGENAS PUDESSEM GOSTAR E QUE FOSSE DE GRANDE UTILIDADE. SEI QUE NO BRASIL A MAIORAI DAS PESSOAS NUNCA FORAM OU ENTRARAM NUMA ALDEIA OU PUDERAM CONHECER UMA COMUNIDADE INDIGENA, POR ISSO, ATRAVÉS DO MEU LIVRO, AQUELES QUE NUNCA FORAM, TERÃO A OPORTUNIDADE DE CONHECER UM POUCO, DE COMO É UMA COMUNIDADE. ALIÁS, HOJE COM A NOVA LEI DE QUE OS PROFESSORES TERÃO QUE FALAR SOBRE OS POVOS INDIGENAS, ENTÃO MEU NOVO LIVRO, PODERÁ TRAZER ALGUNS CONHECIMENTOS AOS PROFESSORES PRINCIPALMENTE PARA PODER FALAR COM SEUS ALUNOS. É UMA HISTÓRIA QUE MOSTRA A VINDA DE UM GAROTO DA CIDADE PARA CONHECER UMA ALDEIA, E LÁ ELE FICARÁ POR TRINTA DIAS, Será UMA GRANDE EXPERIENCIA E QUE AO VOLTAR PARA A CIDADE GRANDE, PODERÁ MOSTRAR AOS OUTROS AMIGOS O QUE APRENDEU. POR ISSO, AGRADEÇO, A TODOS OS QUE JÁ CONHECEM MEUS TRABALHOS, TERÁ AGORA A CHANCE DE CONHECER ESSE NOVO LIVRO. TAMBÉM AGRADEÇO, AO COMENTÁRIO QUE FOI ESCRITO POR AILTON KRENAK, UM DOS MEUS LEITORES QUE MAIS ADIMIRO, ISSO PORQUE SEMPRE FUI SEU FÃO PELAS LUTAS INDIGENAS, E ME ALEGRA POR SABER QUE ELE É UM GRANDE LEITOR DOS MEUS LIVROS. E A TODOS OS AMIGOS LEITORES, TAMBÉM AGRADEÇO. OLIVIO JEKUPE- PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO GUARANI NHE´E PORÃ- ALDEIA KRUKUTU- ESCRITOR E POETA. www.oliviojekupe.blogspot.com oliviojekupe@yahoo.com.br www.globaleditora.com.br

quinta-feira, 31 de março de 2011

LANÇAMENTO DO LIVRO

SENHORES AMIGOS E AMIGAS, MEU NOVO LIVRO SERÁ NO DIA
16 DE ABRIL DE 2011.
AS A4;00 HORAS
LOCAL;FNLIJ- RIO DE JANEIRO
LIVRO
TEKOA CONHECENDO UMA ALDEIA INDIGENA.
EDITORA GLOBAL.
ESSE LIVRO VAI SER DE GRANDE UTILIDADE PARA TODOS , NÃO SÓ PORQUE É UMA LEITURA SIMPLES E GOSTOSA DE SE ENTENDER, MAS PORQUE VAI MOSTRAR A HISTÓRIA DE UM JURUA KURUMIM, UM ~GAROTO NÃO INDIO QUE SONHA EM CONHECER UMA ALDEIA INDIGENA, E AO VIR ELE FICARÁ UM MES, E IRÁ OBSERVAR A CULTURA DAQUELA COMUNIDADE, E COM ISSO APRENDERÁ MUITOS CONHECIMENTOS E VOLTARÁ PRA IDADE FELIZ.
E VOCE... TAMBÉM TERÁ A OPORTUNIDADE DE CONHECER UM POUCO E AOS PROFESSORES, TENHO CERTEZA QUE ELE VAI CONTRIBUIR COM MUITOS CONHECIMENTOS QUE TALEZ VOCE NUCA OUVIU...
AIÁS NO BRASIL A MAIORIA DA POPULAÇÃO NUNCA FOI NUMA ALDEIA POR ISSO É QUE O LIVRO QUE EASCREVI VAI SER IMPORTANTE PORQUE MOSTRARÁ UM POUCO DO QUE ELE NUNCA VIU, NEM OUIU...
oliviojekupe@yahoo.com.br
OLIVIO JEKUPE- ESCRITOR E POETA.
ALDEAI KRUKUTU.

LANÇAMENTO DO LIVRO

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Programa da katia-Tv Gazeta


TV Gazeta,
Programa da Katia
pois é meus amigos eu tive a oportunidade de ir no programa da Katia da Tv Gazeta, e pude mostrar o nosso coral que temos aqui na aldeia Krukutu.
sabe, a danada é mais simpática do que quando vemos na tv, seu jeito simples de tratar as pessoas, é real, não é fantasia.
por isso sai de lá alegre e o coral nosso também gostou muito.
aliás, pude dar um livro meu- Ajuda do Saci, Editora DCL. Foi muito bom saber que uma pessoa como ela iria ler meu livro, e tenh0o certeza que irá gostar muito.
Bom, é só isso, mas tenho certeza que voces iriam gostar muito de conhecer a Katia.
Olivio Jekupe